
A origem
A origem denominativa da Herdade da Amada provém do nome de uma das suas proprietárias, Brites Amada, filha de Diogo Amado, e esposa de João Pereira de Abreu, descendente de uma família nobre portuguesa e das mais ilustres de Elvas, a primeira referência histórica à herdade remonta a 9 de outubro de 1636.
Temos que recuar na linha cronológica vários séculos na história da existência da Herdade da Amada para conseguirmos ter uma real noção da preciosidade dos nossos solos. Ao longo dos registos históricos existentes da herdade conseguimos verificar que durante o século XVII a sua exploração era essencialmente agrícola, com horta e azenha.
O século XIX, foi um século precioso para a herdade. No início deste século, foram plantadas amoreiras com vista ao desenvolvimento da criação de bichos da seda em Portugal.
Para além das amoreiras, as suas características agricolas mantinham-se, existindo registos da época da existência de um vasto pomar e de uma vinha neste terroir.
Em 2018 a Herdade da Amada ganhou uma nova vida. Foi adquirida pela Família Marvanejo, que apostou nas tradições seculares da herdade, ao plantar 14 hectares de vinha.
A Herdade da Amada com 14 hectares de terroir
Localizada na cidade de Elvas, foi adquirida pela família Marvanejo em 2018, sendo o resultado de uma aspiração e de um sonho familiar. Este lugar destaca-se pela sua paisagem típica do Alto Alentejo, onde os acidentes de relevo se traduzem numa diversidade de altitudes que assumem um papel fundamental, tendo o seu ponto mais alto nos 306 metros.
A vinha, instalada em solos argilo-calcários de textura média e orientada de Noroeste a Sudeste, beneficia de condições óptimas para o seu desenvolvimento, tendo como mais valia uma exposição solar privilegiada, perfeitamente adequada a cada casta.
Da videira selvagem ao mais genuíno aroma
Com um terroir único e perfil singular, as 10 castas plantadas beneficiam dos solos de origem granítica e do clima tipicamente mediterrâneo, caraterizado por verões quentes e secos e invernos chuvosos.
Com caraterísticas únicas, a Herdade da Amada caracteriza-se por ter um dos maiores terroirs da Península Ibérica com vinhas plantadas pelo método tradicional de enxertia. Uma vinha singular, única, onde cada casta aqui plantada foi criteriosamente selecionada.
56.000 unidades de bacelos
A plantação foi realizada em Março de 2019 com bacelos barbados, selecionados de acordo com as características do solo, castas, forma de condução e objetivos da produção após uma cuidada preparação do solo ao nível da fertilização e correção.
As técnicas de enxertia realizadas foram, a enxertia de garfo e a de chip budding, num período em que a temperatura era favorável, assim como a humidade do solo, que permitiu a circulação ativa da seiva e a turgidez dos tecidos.
As castas foram definidas de acordo com os objetivos qualitativos que pretendemos nos vinhos, assente numa base genética que nos consiga exprimir toda a autenticidade em termos de qualidade, assim como a adaptabilidade ao terroir da região.
Recorremos aos melhores enxertadores para plantarem e enxertarem as nossas vinhas com 10 castas selecionadas.

As nossas castas
Arinto
Fernão Pires
Roupeiro
Verdejo
Alicante Bouschet
Castelão
Tempranillo
Grand Noir
Syrah
Touriga Nacional
Vindima
Na Herdade da Amada, a vindima é o momento mais importante do ano.
Após um rigoroso controlo e acompanhamento da maturação, as melhores uvas são colhidas manualmente, para caixas de 15 Kg, e refrigeradas até chegar à adega.
Já na adega, é feita uma segunda selecção manual para que apenas os melhores frutos cheguem às cubas de fermentação.
Adega
No projecto da Herdade da Amada aliamos a modernidade e inovação à tradição dos métodos e materiais clássicos e ancestrais, na produção dos nossos vinhos.
Contamos com o aço inoxidável, que é hoje uma garantia de segurança alimentar e de uma conservação de qualidade, mas também com as características únicas e tão importantes na evolução dos vinhos, que só a madeira nos pode proporcionar.
Para complementar, utilizamos materiais como o barro e o cimento, que tal como a madeira nos permitem uma microoxigenação fundamental para trabalhar, potenciar e diferenciar, os vinhos únicos que produzimos no nosso terroir.
Um património único
Elvas, cidade raiana, classificada desde 2012 como Património Mundial da Unesco, pela maior e mais singular fortificação e edificação do mundo.
O concelho de Elvas, encontra-se inserido na região demarcada de vinhos do Alentejo, no qual podemos encontrar, assim como em toda a região, uma cultura do vinho muito presente.
A cultura vinícola de Elvas advém de tradições ancestrais que remontam à época da ocupação romana, e que em pleno século XXI, se adaptam às novas tecnologias produzindo vinhos de qualidade.